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Mostrando postagens de dezembro, 2011
  Um homem chamado Solidão Havia um homem chamado Solidão. Andava por caminhos escuros Onde o silencio não sinônimo de paz Andava sem destino. A cada passo incerteza do próximo Um dia cansado de sua vida, Correu em direção à grande multidão E esbravecido bradava devaneios e desvarios A multidão logo apedrejou Solidão E jogado na sarjeta... Esperava socorro Passou um espírita... E pensou coitado... Quem sabe na próxima reencarnação... Veio um católico... Fez o sinal da cruz E a cruz ficou nos ombros de Solidão Passou um evangélico... Olhou... Olhou... E fez uma míngua oração de piedade... Passava por ali uma Prostituta... Viu solidão, Limpou os ferimentos com seu lenço Levou-o para casa e o cobriu de amor. Pensou Solidão: - Se os religiosos tivessem o coração daquela prostituta... IRVING SELASSIÉ

A morte do infeliz

A MORTE DO INFELIZ Andava pelo mundo... Desvairado, enlouquecido... Andava sobre a terra... Andava sem sentido Um barro que não queria ser gente   Nem ser enxertado de esterco Ou germinar semente Não queria essência de vida Possuía alma morta Rosto sem feição Incomum á multidão Não vivia, andava em vão Encontrou num cemitério Uma cova profunda E lá se jogou Adormeceu profundamente E nem notou Que sobre ele outro corpo deitou E preferiu não acordar E lá ficou Sobre a terra fria A mesma terra sem rumo Pela qual perambulou Morreu sem nome... Morreu bicho e não homem Só havia Terra sobre terra Defunto sem saída Morto mesmo! Digo morto sem vida! Morto que não dormiu Morto que nem viu a morte Pois nunca viu a vida Sem dor ou corte Soterrado bem no fundo do chão Bem embaixo mesmo! Para a alma não virar assombração Infeliz que era... Por isso haja terra! Melhor fora não ter existido Agora morto na carne E preso no espírito. IRVING SELASSIÉ 05/12/2011
A MORTE DO INFELIZ Andava pelo mundo... Desvairado, enlouquecido... Andava sobre a terra... Andava sem sentido Um barro que não queria ser gente   Nem ser enxertado de esterco Ou germinar semente Não queria essência de vida Possuía alma morta Rosto sem feição Incomum á multidão Não vivia, andava em vão Encontrou num cemitério Uma cova profunda E lá se jogou Adormeceu profundamente E nem notou Que sobre ele outro corpo deitou E preferiu não acordar E lá ficou Sobre a terra fria A mesma terra sem rumo Pela qual perambulou Morreu sem nome... Morreu bicho e não homem Só havia Terra sobre terra Defunto sem saída Morto mesmo! Digo morto sem vida! Morto que não dormiu Morto que nem viu a morte Pois nunca viu a vida Sem dor ou corte Soterrado bem no fundo do chão Bem embaixo mesmo! Para a alma não virar assombração Infeliz que era... Por isso haja terra! Melhor fora não ter existido Agora morto na carne E preso no espírito. IRVING SELASSIÉ 05/12/2011