Um homem chamado Solidão
Havia um homem chamado Solidão.
Andava por caminhos escuros
Onde o silencio não sinônimo de paz
Andava sem destino.
A cada passo incerteza do próximo
Um dia cansado de sua vida,
Correu em direção à grande multidão
E esbravecido bradava devaneios e desvarios
A multidão logo apedrejou Solidão
E jogado na sarjeta... Esperava socorro
Passou um espírita... E pensou coitado...
Quem sabe na próxima reencarnação...
Veio um católico... Fez o sinal da cruz
E a cruz ficou nos ombros de Solidão
Passou um evangélico... Olhou... Olhou...
E fez uma míngua oração de piedade...
Passava por ali uma Prostituta...
Viu solidão, Limpou os ferimentos com seu lenço
Levou-o para casa e o cobriu de amor.
Pensou Solidão:
- Se os religiosos tivessem o coração daquela prostituta...
IRVING SELASSIÉ
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