Davi Arrigucci Júnior e Luís da Costa Lima
A bagagem cultural e o desenvolvimento teórico e cientifico literário, é sem dúvida uma das principais características para se analisar os tipos de textos literários existentes. E não podemos tocar no assunto sem citar Davi Arrigucci Júnior e Luís da Costa Lima os dois principais críticos literários brasileiros.
No que se refere ao estudo de poesias, podemos nos apoiar em Arrigucci. Quando estudamos Carlos Drummond e principalmente Manuel Bandeira, não existe referencia melhor que Davi.A poesia sempre foi um dos principais gostos do crítico.Ele procura sempre facilitar o entendimento do leitor,para que possa aprofundar-se no mundo da poesia e realmente entende-la e passar a gostar.Criando um ponte entre o leitor e o universo literário.
Outra importância de Davi Arrigucci é o não tradicionalismo na forma de criticar uma obra, O crítico acreditar que é dever dos grandes críticos que surgem em cada época ampliarem a visão. O autor entende que o pragmatismo pode atrofiar a literatura. Davi acredita na aproximação da literatura com a realidade e isso facilita a compreensão do estudante de literatura.
Por falar em inovação Luís Costa Lima, foge totalmente das normas engessadas e primitivas que é transmitida por muitos estudiosos da literatura, que se deixam iludir pelo cânone forjado para o agrado e interesse político. Costa acredita na crítica filosófica literária e ver importância no argumento sociológico. Ele mesmo se decepciona com a qualidade dos acadêmicos, principalmente os estudantes da literatura. Em entrevista ao site textobr.com, Costa lima ao ser perguntado pelo entrevistador sobre sua opinião em relação à crítica literária brasileira como orientadora do leitor, ele responde: Como orientadora eu não diria. Diria como mediadora no sentido de facilitar o leitor a reconhecer bem ou mal diferentes direções e novidades. Nesse sentido, a crítica como mediadora praticamente desapareceu com o desaparecimento dos suplementos, e o fato de que o que se chama de jornalismo cultural inexistir entre nós. Isso é um grande vazio. A ausência da crítica mediadora representa um grande vazio.No interior da academia, no interior da universidade, vejo alguma coisa que não é muito simpática nesse sentido, mas que precisa ser dita – eu não faço questão nenhuma de ser simpático. A academia brasileira é extremamente irregular. Você encontra em meia dúzia de universidades algumas figuras de qualidade efetiva cercados por grandes continentes de mediocridade. Claro, isso não é exclusividade brasileira, a qualidade não é bem uma propriedade humana. Mas entre nós essa divergência se acentua. Você tem uma margem de mediocridade muito grande, uma maioria de medíocres em relação a umas poucas figuras excepcionais. Parece-me que isso, também, não é exclusividade do campo da literatura, mas estamos falando de literatura…
Tanto Davi Arrigucci Júnior e Luís da Costa Lima, querem trazer o “novo” ao leitor. Uma expectativa de ver além. Entender a literatura sem fronteiras, envolvida na própria história social, próxima de quem realmente ela pertence.
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